Friday, December 31, 2010

Os melhores gadgets (e as melhores tecnologias) de 2010

Para findar bem o ano, nada como um geek escrever um post sobre os gadgets e as novidades que marcaram o ano de 2010. Mas, já que Engadget, Wired, 9to5Mac, MacLife, MacWorld, entre outros, já o fizeram, listo aqui o que mais me impressionou em 2010. Alguns dos itens acabei comprando, outros ficaram na wishlist. Vamos a eles:





Décimo lugar: Fones Bluetooth

OK, fones bluetooth já existiam antes de 2010, mas foi a partir de março que as grandes empresas começaram a produzir fones sem fio compatíveis com o iPhone e, posteriormente, com o iPad. A vantagem de se ter um fone bluetooth é basicamente a liberdade de movimentação. Enquanto ouve sua playlist ou seu podcast preferido, você pode ir a um outro cômodo, fazer number two, levantar-se um pouco, cozinhar, fazer exercícios, correr, sem precisar dar pausa no áudio. Pra mim, é a solução ideal, já que quase nenhum fio de fone vai do meu bolso da bermuda até as orelhas, o que me obrigava a ficar com o iPod/iPhone nas mãos o tempo todo. De vários que testei, recomendo dois em especial - o Philips SHB6110 (embora puxe bastante pros graves) e, principalmente o NOKIA BH-504 que, além de possuir excelente equalização e padrão e alcance ótimo, é dobrável, facilitando ainda mais o transporte.






Nono lugar: Jogos para iPhone, iPod Touch e iPad

Na nona posição, uma categoria inteira - todos os excelentes jogos lançados ou portados para o sistema iOS - Angry Birds, Cut the Rope, Bejeweled, Tetris, Scrabble, Reckless Racing, Real Racing, Real Soccer, Flight Control, Chopper, dentre muitos outros. Explico: até o começo do ano, era um feliz proprietário de um PSP (bloqueado), mas confesso que achava os joguinhos ainda muito mobrais, mas eram infelizmente o melhor que havia por aí. Com o processador A4 do iPhone e iPad, as coisas mudaram radicalmente - os jogos para iOS estão melhores, com gráficos melhores (vide Reckless Racing e o recente Infinity Blade), com a vantagem de possuir controles que tiram vantagem da tela multitoque. A grande crítica que eu fazia aos jogos para iOS eram os controles na tela (quando o jogo requer um direcional e botões), mas é questão de costume, já estou perfeitamente adaptado a eles. No entanto, a grande sacada dos desenvolvedores foi a de criar jogos cujos comandos não são botões e direcionais na tela, e sim multitoques em lugares específicos, tornando os jogos ainda mais interativos. Em suma, farwell, PSP...







Oitavo lugar: Logic Pro 9 + EWQL Symphonic Orchestra Platinum


Listo mais um item que foi lançado na verdade em 2009, mas a que só pude ter acesso em 2010 (yes, morar no Brasil es una mierda para os geeks, mas isso vai mudar...). O Logic é uma DAW (Digital Audio Workstation), um software para quem trabalha com áudio, gravações em home studio e, no meu caso, composição em MIDI. Para tanto, utilizo um piano digital (Clavinova CLP-130) como base de comando para ir compondo no Logic. Como biblioteca de sons, utilizo a East West Quantum Leap Symphonic Orchestra Platinum, um conjunto de 50 DVDs de samples de instrumentos reais de orquestra gravados em estúdio em um número incontável de velocidades e articulações. Essa biblioteca fica armazenada no computador e é acionada pelas teclas do controlador MIDI, no meu caso, o piano digital. Assim vou compondo instrumento por instrumento, juntando tudo em cascata. Depois de tudo junto, ainda preciso fazer a mixagem e a masterização. O resultado vocês podem conferir no meu Palco MP3. O ano de 2010 representou, portanto, uma reviravolta na maneira como faço música. E tudo graças à tecnologia.







Sétimo lugar: Sistema de assinatura do Netflix


Esse é um recurso a que, infelizmente, não tenho acesso no Brasil, mas que acho fantástico e revolucionou a maneira como se consome material audiovisual. O sistema existe exclusivamente nos EUA, onde as pessoas pagam por volta de US$ 10 e têm direito a fazer streaming de filmes e episódios de séries ilimitadamente para seus computadores, settop boxes, Apple TVs etc. US$ 10!!! Os filmes que você quiser! Na hora que quiser! E, com a velocidade das conexões de banda larga nos EUA, você vai precisar esperar não mais que 10-15 segundos pelo buffer... Preciso falar mais o quê?







Sexto lugar: FaceTime e Skype


Junto com o iPhone4, a Apple lançou o Face Time, valendo-se da câmera frontal do celular. É um recurso de vídeo chamadas, já presente em outros gadgets anteriores, mas revolucionado pela Maçã - nunca foi tão fácil fazer vídeo chamadas (e gratuitas!) pelo mundo. Claro, como moramos no Brasil, tivemos muitos problemas de ativação do recurso por aqui, muito por conta da imbecilidade e má fé das operadoras brasileiras, que abusaram da paciência dos clientes por longos 3 meses até a ativação. Aliás, algumas pessoas AINDA não conseguiram ativar o Face Time em seus aparelhos... Depois de ativado, basta chamar um outro iPhone ou iPod Touch e - tchum - som e vídeo na tela para uma chamada à la Jornada nas Estrelas e gratuita. Eu sonhava com isso quando era criança! Logo depois, a novidade foi portada aos Macs, mais uma grande sacada da Maçã. O problema era que o recurso ficava restrito aos felizes proprietários de produtos da maçã mordida - 0,0002% da população no Brasil, talvez? Mas... ontem, no penúltimo dia do ano, o Skype nos surpreende com a notícia de que liberaram a chamada por vídeo (inclusive em 3G, coisa que o Face Time ainda não faz) gratuita entre iPhones, iPods, PCs e Macs. Presentão de Ano Novo. Não tenho dúvida, no entanto, que o Face Time chegará a PCs no ano que vem e que as vídeo-chamadas serão liberadas também por 3G (não só por conexão WiFi).







Quinto lugar: iPhone 4


Diga a verdade - se você tem um iPhone, acha o telefoninho o máximo. Se você não tem, morre de vontade de ter um ou de inveja de quem tem... A quinta versão do telefone da Maçã (iPhone > iPhone2G > iPhone3G > iPhone3GS > iPhone4) veio com muitas novidades - câmera fronta, Face Time, Retina Display, Flash para a câmera traseira, capacidade de gravar vídeos em HD, um processador do caramba e suficiente RAM para "multitasking" (engana-bobo). Esse conjunto faz do iPhone 4 um smartphone como nenhum outro, mas basta comparar a qualidade (nem tanto a quantidade) dos apps da plataforma iOS para se chegar à conclusão. Esse iPhone tem, para mim, todas as funções necessárias que outros iPhones não tinham, exceto talvez um IR (infra-vermelho) para servir de controle remoto universal (que talvez nunca chegue aos iPhones futuros).








Quarto lugar: Airplay


A quarta posição fica com a facilidade do AirPlay - um recurso que permite que se faça streaming de música, foto e vídeo pela conexão WiFi. A partir de um gadget com iOS (iPhone, iPod, iPad) ou de um Mac, é possível enviar sua playlist, filmes e fotos, por exemplo, para a sua TV HD equipada com uma Apple TV. A alegria e a facilidade que esse recurso traz é inconcebível até você experimentá-lo. Imagine estar vendo um vídeo interessante no YouTube do seu iPod e, com o aperto de um botão, sem precisar ligar nada (a não ser a TV), enviar o vídeo instantaneamente para a sua tela de 42" para mostrar o vídeo a sua esposa/seu marido. Isso pra mim é mágico.







Terceiro lugar: Apple TV


Não dava nada para o settop da Maçã de US$ 99 antes de comprá-lo. Uma caixinha preta muito da mequetrefe (menor que um estojo de DVD), com um controle remoto de 4 botões, sem botão de liga-desliga. Mas, com toda a simplicidade funcional que só a Maçã sabe desenvolver, a Apple TV me permitiu utilizar um dos recursos mais úteis que já experimentei até hoje - o AirPlay (descrito acima). Além disso, você pode alugar filmes e seriados (episódios de séries a US$ 0,99) diretamente sem utilizar computadores ou outros gadgets. Dá pra ver YouTube, escutar música, assistir a vídeos por streaming do seu computador ou de qualquer gadget com iOS. Escutar música enquanto você vê uma apresentação de slides animados com suas fotos dos álbuns do Mobile Me é bem legal.







Segundo lugar: Tecnologia 4G


Outra coisa que não teremos tão cedo em Terra Brasilis, mas já dá pra ficar babando - em 2010, a tecnologia 4G foi lançada nos EUA, ainda em duas versões (vamos ver quem ganha, Verizon ou AT&T). A tecnologia nada mais é que a transferência de dados a partir de dispositivos móveis em qualquer lugar em altíssima velocidade (a velocidade de transmissão pode chegar, nos próximos anos, a 1Gbps!). Já imaginaram o que dá pra fazer com essa velocidade e um iPhone ou um iPad 3G nas mãos? Além disso, a tecnologia expande a malha de frequência do espectro atribuído às operadoras, isto é, não haverá perda de velocidade tão acentuada quando muita gente estiver utilizando o serviço ao mesmo tempo. Ah, a tecnologia...

Melhor gadget de 2010


Podia deixar de ser? Pensei nisso, mas não deu. É ele mesmo. Ele é daquelas coisas que você tem orgulho de ter, e que não saem de perto de você. Com muitos gadgets, quanto mais você os usa, mais defeitos você vê neles e menos vontade de usá-los você tem. Já com o vencedor do ano, quanto mais você o usa, mais o quer usar, porque mais utilidades vão sendo agregadas a ele. Apps fantásticos, uma tecnologia multitoque responsiva como só a Apple sabe fazer, mobilidade, bateria de 10 horas de duração, peso razoável, confiável e estável. Como vocês já sabem do que estou falando, vou listar aqui as principais coisas que faço com ele:

1. Navegar na Internet - o navegador Atomic Web Browser é simplesmente incrível: possui abas, salva páginas para leitura offline, envia links por e-mail, compartilha-os, é estável e rápido;

2. Verificar e-mail - o app de Email do vencedor do ano é muito bem escrito e, com o teclado na horizontal, responder a emails por ele é tão fácil quanto em qualquer computador;

3. Gerenciar contatos e agenda - com a sincronização com o Mobile ou com o Google, é possível gerenciar sua agenda e seus contatos, que ficarão sempre armazenados na nuvem, com a certeza de que você nunca irá perdê-los;

4. Anotações - existem apps muito bons para anotações de reuniões e aulas. As anotações podem ser digitadas, desenhadas na tela, o áudio pode ser gravado, imagens e sites podem ser utilizados e depois tudo pode ser enviado por e-mail ou compartilhado no Twitter e no Facebook. Um bom app pra isso é o Sundry Notes;

5. Produtividade - o processador de texto Pages e o app de apresentações Keynote são o que qualquer pessoa esperaria que fossem - práticos e eficientes. É perfeitamente possível digitar textos pequenos ou médios no Pages e configurar a página da mesma maneira que você a configuraria no Pages para Mac. As apresentações no Keynote ficam com visual bonito, excelentes animações e transições e podem ser projetadas por um datashow ou passadas para uma TV HD por meio do adaptador Dock-to-VGA e um cabo VGA comum. É possível trabalhar com ele? Sim, dependendo do tipo de trabalho que você tenha;

6. Entretenimento - ver filmes, episódios de séries, ouvir música, ver vídeos no YouTube - tudo isso fica bem mais fácil quando se tem o vencedor do ano. Nada como ter essa experiência deitado no sofá ou na cama;

7. Jogos - tanto jogos casuais quanto hardcore - tudo é possível nele (como descrevi acima);

8. Informação - não há nada melhor em termo de experiência de uso quanto ler jornais e revistas no vencedor do ano. Revistas interativas com vídeos, textos com animações e preços menores que os cobrados pelas edições impressas. Ah, a tecnologia...

9. Ler - embora os defensores do Kindle tenham razão quanto à refletividade da tela do vencedor do ano (que impossibilita qualquer leitura sob o sol), para mim, que não vou à praia para ler, o vencedor do ano é o gadget ideal para leitura. Além de cores, a interatividade com os livros é incrível - anotações, dicionários, pesquisas online, compartilhamento... E para os que dizem que a iBooks Store não tem nada,  o vencedor do ano tem acesso à Google eBook Store e à Kindle Store;

10. Utilidades - o vencedor do ano possui um sem número de apps de utilidades. Para mim, uma carrada de instrumentos virtuais (piano, acordeon, xilofone, violão etc.). E é perfeitamente possível utilizá-los pra valer, como já demonstrou meia dúzia de bandas que utilizaram o vencedor do ano como instrumento (vide Gorillaz). Além disso, o vencedor do ano pode servir de controle remoto para seu Mac ou PC, para a Apple TV, pode servir como tela de pintura, pode controlar remotamente seu computador, servir de relógio com alarme noturno, interface de streaming de vídeo e áudio, edição de vídeos e fotos, dentre muitas, muitas outras coisas.

E aqui está a pergunta que conclui minha decisão: você conhece algum outro gadget que exerça todas essas funções com a elegância e a confiabilidade com que o vencedor do ano o faz?

Bem, o desejo de todo geek é que o ano vindouro traga mais novidades interessantes e que tenhamos dinheiro para comprá-las!

Um ótimo 2011 para tod@s!

Grande abraço,
Lanzetti



Monday, December 27, 2010

May it be

Meu último álbum no Brasil, May it be, vem recheado de orquestrações de temas americanos, italianos e solos acompanhados de orquestra.

Confiram a capa e o repertório (cliquem para ampliar a foto):



Ouçam duas músicas do álbum no Palco MP3: May it be e Broken Vow

http://palcomp3.com/lanzetti/


Grande abraço e um ótimo 2011 a tod@s,
Lanzetti

Wednesday, December 1, 2010

Babylon

Olá a tod@s,

tradutores profissionais, em especial os tradutores técnicos, utilizam uma vasta gama de recursos de busca, tanto online quanto offline. Alguns desses recursos são, no entanto, sine qua non. Dentre estes, o Babylon.

Comecei a traduzir em 1998, assim que entrei na faculdade de letras da UFRJ (bons tempos que não retornam jamais). Àquela época, era um dos poucos que possuía computador e e-mail, e já utilizava os poucos e pobres dicionários online.

Conheci o Babylon por volta do ano 2000 e, desde então, toda a minha dinâmica tradutória mudou, e pra melhor. A praticidade de uso do software é, ainda hoje, inigualável. Antes de continuar, deixe-me definir melhor do que estou falando:

O Babylon é um serviço que disponibiliza dicionários e glossários técnicos online através do site dicionário online. Nele, é possível fazer buscas gratuitamente aos dicionários, enciclopédias e glossários disponíveis. Dentre os muitos dicionários e enciclopédias, o Babylon dá acesso à Britannica, ao Webster e ao Oxford. Ao todo, são por volta de 1400 dicionários, glossários e enciclopédias em 75 línguas.

O grande diferencial do Babylon, no entanto, são os glossários técnicos, e é justamente essa a ferramenta indispensável à tradução técnica de hoje. Os glossários disponibilizados pelo Babylon abrangem todas as principais áreas técnicas e são compilados por um time de linguistas e tradutores da própria empresa, por organizações de lexicólogos e por tradutores profissionais ao redor do mundo. Todos esses glossários aparecem na lista de resposta à pesquisa de um determinado termo. Assim, o tradutor/estudante de línguas/professor pode comparar as respostas de um glossário com a de outro, ver contextos, exemplos de uso e explicações.

Um dos meus glossários técnicos preferidos foi compilado pelo tradutor Ivo Koritowsky e já me salvou inúmeras vezes de abismos tradutórios em textos na área de petróleo e gás e de engenharia, por exemplo.

O site também disponibiliza serviço de tradução automática de textos e, por um valor conforme o número de palavras, também tradução humana, isto é, o texto é traduzido por um tradutor humano profissional credenciado pelo Babylon e enviado ao cliente dentro de um prazo estipulado.

No site, é possível fazer o download gratuito de um software que agrega todos esses dicionários e glossários online. Depois de expirado o prazo para utilização do software de demonstração, o usuário pode pagar um valor para registrá-lo (o registro pode ser anual ou permanente) e utilizá-lo ad nauseam.

A grande vantagem do sotware Babylon é que você pode fazer o download dos glossários e dicionários que utiliza com mais frequência e, assim, não precisará estar online para consultá-los. Além disso (e é a isto que me refiro quando falo da praticidade do programa), para traduzir uma palavra, sentença ou texto, basta clicar onde quiser (e em qualquer interface de qualquer programa ou página da internet) com o botão direito do mouse + ctrl (esse atalho de comando também pode ser configurado) que o Babylon abre automaticamente e já dá a tradução e a explicação do termo em que você clicou. São incontáveis as horas que um tradutor profissional - ou qualquer pessoa que precise consultar significados ou traduções de palavras com frequência - economiza através desse simples atalho, que substitui seguidos e demorados comandos (selecionar o termo, copiar, abrir um dicionário online ou offline, colar, procurar).

Ao combinar o Babylon com um programa de memória de tradução, o tradutor profissional tem a receita pronta da produtividade e, por consequência, da rentabilidade.

Um grande abraço,
Lanzetti

P.S.: Se alguém quiser alguma dica ou orientação sobre o Babylon, basta entrar em contato através de um comentário.
P.S.2: Se você é blogueiro e gostaria de divulgar o site e programa, confira este site.

Sunday, October 17, 2010

Bug do Horário de Verão no Mac

Olá, pessoal,

este é para felizes usuários de Macs que sofrem com as esquisitices do senhor Jobs e das maçãs - o bug do Horário de Verão.

Como já é a segunda vez que me assusto com essa merda, resolvi escrever para servir de alento aos desesperados.

Hoje, dia 17 de outubro de 2010, por volta das 21h, liguei o MacBook Pro e comecei a usá-lo sobre as coxas. O unibody de alumínio do MBPro é perfeito para esse tipo de situação porque não esquenta. No entanto, já com as coxas vermelhas, notei que havia algo errado.

Fui no dashboard, onde uso o iStat (excelente app que mede temperaturas e atividade da CPU) e quase caí pra trás quando vi que 90% da CPU estava sendo utilizada e a temperatura passava dos 80 graus! Em seguida, fui no Activity Monitor e constatei - um processo chamado "SystemUIServer" estava comendo quase 85% da CPU.

Depois de 2 minutos de guguladas, senti-me um completo idiota de ter caído na mesma pegadinha da Apple pela segunda vez - o famoso "Bug do Horário de Verão"...

Ainda não se sabe por que razão, a Apple tem sérios problemas com o horário de verão. Quando se aproxima a "hora da virada", em que temos que adiantar ou atrasar os ponteiros em uma hora, esse processo (que é disparado pela opção "set date and time automatically", o que se dá por sincronização pelo site time.apple.com) começa a devorar CPU como um vira-latas que recebe filé mignon e esquenta seu Mac à temperatura dos infernos.

Como resolver o problema? Aí vem a parte difícil - depois da meia-noite, o processo desaparece do Activity Monitor e a temperatura volta ao normal, permitindo-lhe usar seu laptop novamente sobre seu lap.

Se você, no entanto, não quer pagar pra ver sua maçã se transformar em Mac Fritas, desabilite a opção supracitada ("set date and time automatically") que tudo volta ao normal. Após a meia-noite, digamos à meia-noite e 2 segundos, volte a habilitar a opção novamente.

Em suma, don't worry, it's a Mac.

E, justamente por isso, esse tipo de bug estapafúrdio não deveria acontecer. E não pense que o problema é só no BraZil por conta do nosso horário de verão sem datas definidas; o causo ocorre no mundo todo, e é bonito de ver os yankees se descabelando online em fóruns da Maçã, jurando voltar a dar dinheiro a Bill Gates, ou suicidar-se em 5, 4, 3, 2, 1... caso Jobs não resolva a pendenga.

Em tempo: se você também é um feliz usuário de iPhone, o problema é duplo - o bug no iPhone faz com que compromissos da agenda se percam, que você acorde uma hora mais cedo (ou mais tarde), que perca a paciência e a dignidade.

Moral da história no. 1: Macs estão longe da perfeição.
Moral da história no. 2: Macs são viciantes mesmo assim.
Moral da história no. 3: O vício é uma merda.

Abraço,
Lanzetti

Sunday, October 3, 2010

All the Way

Novo CD saindo fresquinho do forno.

Confiram a capa e o repertório.



Esse foi feito com o Logic Pro 9 e a East West Quantum Leap Symphonic Orchestra Platinum + XP, uma biblioteca de 40 DVDs de samples de instrumentos orquestrais (cordas, madeiras, metais e percussão).

O timbre do piano é um Steinway Full Piano que vem no Symphonic Orchestra do Garageband.

Aos amigos produtores de orquestrações em MIDI - depois de testar muitas ferramentas, cheguei à conclusão de que não há nada igual (no momento) ao conjunto Logic + Mac para fazer esse tipo de trabalho.

Em breve disponibilizo algumas faixas no Palco MP3.

Grande abraço,
Lanzetti

Thursday, September 16, 2010

Alfabeto Fonético Internacional


Olá, pessoal,

comecei hoje uma série (vamos ver se consigo que seja semanal...) de vídeo-aulas sobre o Alfabeto Fonético Internacional, a ferramenta de que você precisa para melhorar a sua pronúncia de inglês, alemão, espanhol, francês, italiano...

Divirtam-se:







Um abraço,
Lanzetti

Atualização (19.10.10)

Peço desculpas a quem está acompanhando a série. Estou em processo de mudança para o exterior e vou ficar sem postar vídeos nas próximas semanas, mas o projeto não será abandonado. Assim que puder, volto à ativa.

Um abraço,
Lanzetti

Wednesday, August 4, 2010

Fotos da Bolívia

Uma apresentação de fotos que resume nossa viagem à Bolívia.



Um abraço,
Lanzetti

Sunday, August 1, 2010

Bolívia - um país de altos e baixos



Trânsito caótico, dificuldade extrema de acesso, mal-estar por conta da altura absurda, informações turísticas erradas, desorganização, roubos e furtos a turistas. Por que alguém ia querer visitar um país desses?

Depois de quase 2 semanas na Bolívia, minha conclusão é a seguinte - é um masoquismo que, por lo menos una vez en la vida, vale a pena.

Muito resumidamente, relato aqui dicas para malucos como eu que desejam conhecer um dos países mais interessantes do mundo - seja por sua altitude, por sua cultura, ou por suas paisagens ímpares - e isso tudo aqui, tão perto de nós, e tão barato!

Para começar, há de se decidir como chegar à Bolívia - por vias terrestres ou aéreas. Minha dica - vá até Corumbá, MS e, de lá, atravesse a fronteira (aproveite para fazer umas comprinhas na Zona Franca de Puerto Quijarro, principalmente se precisar de casacos) para pegar o "Tren de la muerte".



Não se assuste com o nome - o "muerte" de "tren de la muerte" nada tem a ver com as condições da via férrea ou com a possibilidade de o trem cair de um desfiladeiro. Chama-se assim porque, no início do séc. XX, quando havia muita incidência de febre amarela na região, os corpos eram transportados em vagões desses trens, junto com porcos, galinhas e grãos, desenhando uma imagem certamente macabra para o forasteiro da época. Hoje, os trens são bem cuidados, limpos e "relativamente" rápidos.

Tarifas e horários aqui.

IPC (Importante Pra Caramba): tente comprar passagens de Ferrobus (cama ou semi-cama), o conforto vale a pena. Esses trens custam Bs. 222 (bolivianos, a moeda local. R$ 1 = Bs. 3,70 no câmbio de julho de 2010.), saem às 2as, 4as e 6as às 19h e chegam em Sta. Cruz de la Sierra na manhã seguinte, por volta de 9h. O "por volta de" deve ser bem reparado, pois, na Bolívia, atrasos e contingências pelo caminho ocorrem com frequência menstrual. Nosso trem ficou umas 2 horas parado no meio do caminho (por volta das 2 da manhã) para esperar um trem atrasado (sabe-se lá o porquê) que vinha em sentido contrário. Chegamos em Sta. Cruz às 11 da manhã.

IPC 2: Compre as passagens com 2 ou 3 dias de antecedência. Se você não tiver parentes em Corumbá ou região (meu caso, rá!), vai ter que dormir em Corumbá ou Puerto Quijarro por umas duas noites para conseguir comprar os famigerados bilhetes. Não compre na mão de cambistas (os bilhetes de Bs. 222 podem sair por Bs. 400), compre diretamente na estação.

IPC 3: No inverno, leve cobertores - o trem não possui calefação, aquecimento e que tais, se você não levar um cobertor, vai chegar com os pés congelados em Sta. Cruz (experiência própria).

IPC 4: Chegue na fronteira antes das 17h para registrar sua entrada na Bolívia. Para tanto, basta sua carteira de identidade brasileira com menos de 10 anos e em bom estado e - IMPORTANTE - comprovante de vacinação contra febre amarela. Este precisa ser o comprovante internacional. Para tanto, vacine-se em qualquer posto de saúde e, de posse do cartão nacional de vacinação, vá até um posto da ANVISA (você o encontra em quase todos os aeroportos) para receber o cartão internacional (azul) de vacinação. Yes... Se tudo estiver certinho, não precisará pagar nada na Oficina de Inmigración de Quijarro. Caso contrário, separe alguns dólares ou reais e tudo estará razoavelmente resolvido...

Na manhã seguinte, chegamos en la Terminal Bimodal de Sta. Cruz de la Sierra - um terminal híbrido de ônibus e trens (até os bolivianos são mais inteligentes que nós...), onde compramos logo as passagens de ônibus Sta. Cruz-La Paz para o mesmo dia às 17h30. Não há necessidade de se ficar em Sta. Cruz por mais de um dia, há pouco para se ver e a cidade não é tão interessante. É uma cidade grande, com altitude de 250 m acima do nível do mar, planejada em "anillos". O Centro é uma praça, 25 de agosto, que vai se alongando por dezenas de anéis até a periferia. Vale a pena percorrer uns 3 anéis a partir da praça, não mais que isso.





Às 17h e qualquer coisa, depois de passar um frio incomum em Sta. Cruz (até eles estavam assustados com a temperatura, não se falava outra coisa na TV), pegamos um ônibus da viação Copacabana com destino à La Paz, com chegada "prevista" (o termo sempre é esse) para as 8h do dia seguinte. Foi uma viagem mais confortável, com assentos do tipo leito, aquecimento etc. Duas paradas no meio do nada para banheiro e lanches (pra quem tem estômago para comer os lanchinhos deles). Já no caminho, prepare-se para começar a sentir os efeitos da poderosa altitude do Departamento de La Paz. Portanto,

IPC 5: Sorojchi Pills - você as encontra em qualquer farmácia boliviana (Bs. 3 a unidade) - são pílulas mágicas cuja composição química preferi não saber que ajudam muito a quem (como yo) sofre com os efeitos da altitude. Vale lembrar que a altitude de La Paz, 3600 m, não deve ser subjulgada. Qualquer esforço é multiplicado por 5, você respira e parece que não entra oxigênio, sente dores de cabeça, mal-estar, tontura, dentre outras coisas mais desagradáveis. Não seja "macho", tome as sorojchi e seja feliz! A venda en la farmacia más cercana de Ustd!

Chegando em La Paz no bonito Terminal Terrestre, tomamos um táxi até o hotel, na calle Sagárnaga, muito bem localizado, no centro turístico da cidade. Quanto aos táxis na Bolívia,

IPC 6: Não há taxímetros na Bolívia, o sistema deles é muito melhor e mais honesto que o nosso - antes de embarcar, você chega na janela do motorista e diz o seu destino acompanhado de "Cuánto dá?". O motorista diz o preço e você o aceita se quiser. A partir daí, pode haver engarrafamento, tumulto, rua fechada, o que for... você chegará em seu destino e pagará o combinado. Simples assim, sem enrolação com o turista. Quer uma dica? Use e abuse dos táxis, são rápidos e muito, muito baratos. Uma corrida de uma ponta a outra da cidade vai lhe custar uns Bs. 20, pouco mais de R$ 5. Uma regra que inventamos em La Paz (por conta das infindáveis ladeiras pra todo lado) foi "Bajar a pie, subir en táxi". Para entendê-lo, vamos ao

IPC 7: Para entender La Paz - a cidade é um buraco (literalmente) na Cordilheira dos Andes. Acima, a cidade periférica de El Alto, uma espécie de favela marrom (as casas não possuem reboco porque, assim, em "estado de interminável obra", pagam menos imposto) que permeia toda a cidade e pode ser vista de qualquer ponto do Centro, onde moram 2 milhões de pessoas de classe média baixa ou baixa, e onde a temperatura no inverno chega a ser 5 graus mais fria. Para vislumbrar La Paz, suba em qualquer ponto de El Alto e saque sua câmera de muitos megapixels. O resultado será mais ou menos este:




Em La Paz, há muito para se ver, e o ideal é separar uns 2 dias (se você for um andarilho intrépido como eu) ou até 4 (se for mais lerdo) para visitar os pontos interessantes. Destaque para a Calle Sagárnaga e entorno, com suas lojinhas de artesanato, o Mercado de las Brujas, onde se encontram, dentre outras coisas, fetos de lhamas para rituais macabros, chá de coca (bom para o estômago, para diminuir os efeitos da altitude); o museu da coca, a igreja de S. Francisco (com uma praça sempre movimentada), a Calle Jaén (com casas conservadas em estilo colonial e vários museus, com destaque para o museu de instrumentos musicais da Bolívia), a Plaza Murillo (centro administrativo do país, com o Palácio Presidencial, Catedral, Casa Legislativa), o Paseo El Prado (na principal avenida da cidade, um passeio de pedestres muito bonito, com restaurantes, sorveterias e cinemas), Plaza de los Estudiantes (no final do El Prado), Estádio Hernández Siles (só para imaginar como deve ser jogar bola nessa altitude), Sopocachi (um bairro de classe média-alta) e San Miguel (o bairro da elite pacenha, e, diga-se de passagem, que elite...).

Quanto mais baixo se vai em La Paz, mais ricos ficam os bairros, mais quente a temperatura, e menos seca a paisagem. Quanto ao frio invernal, prepare-se bem, com casacos grossos durante as manhãs e noites, e relaxe durante o dia, quando faz muito sol, e você chega a suar dentro de tanto casaco. O clima no inverno é muito seco, seus lábios racham, e você bebe muita água pra pouco xixi. No entanto, creio que o seja mesmo o inverno a melhor época do ano para se visitar o país, pois chove muito no verão, o que pode bloquear estradas e o próprio aeroporto.

Onde ficar: no entorno da Calle Sagárnaga há muitos hotéis e hostels com preços absurdamente baratos e razoavelmente confortáveis. Ficamos no Hotel Sagárnaga a US$ 25 a diária (quarto de casal) com um mínimo de conforto (banheiro privado e café da manhã). Mesmo os hotéis 5 estrelas não passam de US$ 150 a diária, embora eu continue achando que ficar em hotel 5 estrelas em La Paz seja bichisse.

Onde comer: novamente, no entorno da Calle Sagárna há muitas opções de restaurantes com preços para turistas (Bs. 40 [R$ 10] por uma lasagna de lhama, por exemplo). Para opções mais baratas ainda, há restaurantes no entorno da Plaza Murillo com almoço por Bs. 12 (salada, sopa, prato principal e sobremesa). Ainda mais baratos são os lanches (salchipapas, choripan, hamburguesas, panchos) nos podrões encontrados em quase toda esquina. A única ressalva é a higiene com que são preparados, mas... fuck yeah, estamos na Bolívia! O que não mata, engorda.

De La Paz, fizemos passeios através de uma agência de turismo anexa ao nosso hotel, a Diana Tours, mas, de certo modo, são todas la misma mierda - não te dão informações precisas sobre os passeios, os guias não são muito educados, os ônibus são ruins, muita gente... mas, novamente, estamos na Bolívia, vamos nos divertir! E são muito baratos, então, relaxe e goze.

Fomos primeiro às ruínas de Tihuanaco, civilização pré-inca que habitou a região do altiplano a uns 100 Km de La Paz. Não há muito o que se ver (pirâmide pela metade, restos de templos etc.), mas é interessante pela história e pelos museus com peças de cerâmica, crânios operados (sim, operações cerebrais no ano 1500 a.C.) e múmias.


No dia seguinte, fomos ao Chacaltaya, um dos picos da Cordillera Real de los Andes, com altitude de 5300 metros acima do nível do mar. A paisagem é magnífica, o frio e o vento, penetrantes; e a altura, assustadora. São muitíssimo poucos os lugares no mundo onde se pode chegar a essa altitude sem precisar escalar. Chacaltaya é uma experiência que vale a pena ser vivida. É quase como chegar no topo do mundo.




Para se chegar lá, o ônibus sem muita estabilidade serpenteia uma estradinha indecentemente perigosa pelo meio dos andes, passando por um dos 5 laboratórios de física cósmica do continente, até quase o topo da montanha. Da estação aquecida, são mais 300 metros a pé até o cume - não é pra qualquer um...

No mesmo dia, numa manobra infeliz do guia de turismo, fomos até o outro extremo da cidade de La Paz (o ponto mais baixo da cidade) - o Valle de la Luna, um vale de formações rochosas interessantes. É bonito, diferente, mas muito cansativo... Segue-se por uma trilha de 45 minutos de degraus e rampas para se avistar todo o vale. Depois de subir a 5300 m, isso dá uma dor de cabeça...



No dia seguinte, partimos para o nosso passeio de 3 dias ao Titicaca, o lago mais alto do mundo, a 4000 m de altura acima do nível do mar - os peixes desse lago gélido ganharam o meu mais profundo respeito.

A paisagem é deslumbrante, a água, límpida (pelo menos do lado boliviano). Fomos de ônibus (2 horas desde La Paz) até uma ponta do lago (San Pedro de Tiquina), onde é preciso sair do ônibus, pegar uma lancha e atravessar por 5 minutos um braço do lago. O ônibus vai numa balsa separada. Vale pela parada e pelas fotos.




Em seguida, mais 45 minutos até Copacabana, uma simpática cidadezinha de onde partem os passeios à Isla del Sol e à Isla de la Luna, dois lugares dos mais bonitos do mundo para se tirar fotos. Mas... como tudo na Bolívia, a boa foto requer um esforço descomunal de subir centenas de degraus até o topo das ilhas. De lá, povoados perdidos no tempo, as tradicionais "cholas" (mulheres com trajes tradicionais bolivianos), lhamas, ovelhas, ruínas de palacetes incas e a visão do lago e da Cordilheira. O esforço definitivamente vale a pena.





No dia seguinte, partimos rumo a Puno, no Perú. São 40 minutos até a fronteira Bolívia-Perú, às margens do lago, onde precisamos descer do ônibus, passar pela emigração boliviana, pela imigração peruana, trocar Bolivianos por Soles (R$ 1 = S/ 1,60) e tomar uma água. Uns 30 minutos depois, continuamos por 3 horas até Puno, uma cidade bem maior que Copacabana, capital do Departamento de Puno, com boa infraestrutura turística, praças muito bonitas e limpas, feiras caóticas onde se vende de tudo (incluindo ovelhas vivas amarradas pelas patas deitadas no chão e berrando) e um porto de onde partem os passeios às ilhas flutuantes. No Perú, as coisas são mais caras que na Bolívia, mas ainda baratas para os brasileiros. Uma refeição para duas pessoas num bom restaurante sai por S/40, cerca de R$ 25,00. Qualquer almoço em shopping no Brasil dá mais que isso. O hotel em que ficamos (Sillustani) foi o melhor hotel da viagem, com aquecedor, ducha quente com pressão, wireless, ótimo desayuno e custou meros US$ 30.



Partimos então para as ilhas Uros, ilhas flutuantes onde vivem de 5 a 7 famílias (são ao todo mais de 80 ilhas) feitas de totora, uma planta aquática que lhes serve de abrigo, comida, ferramenta e meio de transporte (há muitos barcos feitos de totora). É um passeio de 3 horas interessantíssimo, embora a insistência dos nativos para que compremos suas bugigangas dê um pouco no saco. Chegando às ilhas, um dos nativos explica como são construídas ilhas e casas, como vivem etc. Em seguida, entramos numa das casas e conhecemos a família, para a partir daí perambularmos sobre a totora para imaginar como seria viver exclusivamente em cima de um treco daqueles. Por conta da humidade, por exemplo, vários deles sofrem de reumatismo crônico, para não entrar em mais detalhes.


Voltando a La Paz, depois de baldeação em Copacabana e 8 horas de viagem, percorremos a cidade por mais dois dias, tomamos helados no Brosso (ótima heladería no Prado), fomos à feira de El Alto (aos domingos, lotada de gente, onde demos uma "turistada" e levamos uma câmera para filmar a confusão. Numa ação fulminante e profissional, 3 vagabundos me puxaram a câmera do bolso e saíram correndo. A câmera em si custou US$ 100, mas, como era o último dia, todas as filmagens feitas pela Cynthia se foram...).

Impressões finais

Os bolivianos - povo trabalhador (exceto os vagabundos que levaram a nossa câmera), que abre seu comércio às 8h e só fecha depois das 20h (não há siesta na Bolívia), inclusive aos sábados e domingos. São educados com os turistas (sabem que 50% de sua economia depende do turismo), e pareceram-me ordeiros (as praças de La Paz são muito mais limpas que qualquer praça do Rio ou São Paulo).

O país - é um país pobre, liderado por um presidente populista (sr. Evo Morales), dos que perpetuam a miséria através de incentivos sociais paliativos, com muitos problemas estruturais (em pouco tempo, o país vai ficar sem água, pois dependem do degelo da Cordilheira, que, como vocês viram nas fotos, já não possuem quase nenhum gelo), com sérios problemas de educação, analfabetismo, higiene, dentre outros. No entanto, possui uma cultura tihuanacota e inca riquíssima, com música e tradições bem características, paisagens belíssimas, todo tipo de clima e altitude (não se esqueçam de que o território boliviano começa no nível do mar com o Pantanal e parte da Amazônia e vai até 5300 m com clima árido e frio), etnias diferentes e comida exótica (pra ser educado).

A viagem - cansativa, sofrida, looonga, difícil. É uma viagem para turistas profissionais, os que sabem se virar, falam espanhol (pelo menos se viram na língua), não têm muitas frescuras, conseguem abstrair a falta de conforto e divertir-se apesar disso. Para o nosso perfil, valeu muito a pena, foi uma experiência inesquecível e enriquecedora. Talvez não voltemos mais à Bolívia (o mundo ainda tem muito lugar interessante...), mas faríamos novamente tudo o que fizemos.

Vocês não foram ao Salar de Uyuni, a outras cidades?
Não, e pelos relatos de pessoas que encontramos em La Paz que haviam feito esses passeios, ficamos contentes de ter tomado essa decisão.

Por fim, se alguém quiser tirar alguma dúvida, fique à vontade para nos contactar.

Boa viagem e boa sorte aos malucos que resolverem visitar esse país tão perto e, ao mesmo tempo, tão distante de nós.

Grande abraço,
Cynthia e Rafael


Sunday, July 4, 2010

Atualização Palco MP3




Olá, pessoal, atualizei meu PalcoMP3 com músicas do meu novo CD (capa e repertório acima - cliquem para melhor visualização), Here Comes the Sun.

Acessem e divulguem! Comentários também são bem-vindos!

Grande abraço,
Lanzetti

Saturday, July 3, 2010

Here comes the Sun

Olá, pessoal,

aqui está um presente aos leitores do blog - uma orquestração da Here comes the Sun dos Beatles.

Para esta orquestração utilizei o Garageband para Mac OS X com o Jam Pack Orchestra.

Os instrumentos que fazem os solos são flauta transversa e corne inglês. O acompanhamento inclui piano, família de cordas, clarinetes e marimba, além de efeitos de percussão.

Ouçam lá no YouTube: Here comes the Sun (Instrumental)

Grande abraço!
Lanzetti

Monday, June 7, 2010

Site pessoal

Olá a tod@s,

venho divulgar meu novo site pessoal, com informações sobre meu perfil profissional e meus hobbies.

Grande abraço,
Lanzetti

Tuesday, June 1, 2010

Olá a tod@s,

aqui está um arquivo com as informações sobre os Cursos Online da Premium Traduções - Descrição de ementas, como são as aulas e preços.

Para mais informações, sigam-me no Twitter: @lanzetti

Um abraço,
Lanzetti

Wednesday, May 19, 2010

Cursos Online de Tradução, Línguas e Cultura

Olá a tod@s,

a empresa Premium Traduções (www.premiumtraducoes.com.br) está oferecendo os seguintes cursos online:

1. Alemão I (40 horas);
2. Conversação em inglês avançado (20 horas);
3. Redação em inglês avançado (20 horas);
4. Wordfast (10 horas);
5. Legendagem para TV, DVD e Cinema (10 horas);
6. Formação de tradutores (40 horas);
7. Tradução técnica (20 horas por área técnica - economia, informática, direito, medicina, engenharias etc.);
8. Recursos avançados do Word e do PowerPoint (10 horas);
9. Cultura das civilizações anglófonas (15 horas).

Para os cursos online, utilizamos diversas ferramentas de áudio e vídeo, screencast e vídeo-conferência. As aulas são personalizadas e seguem o ritmo de cada aluno.

Para informações sobre valores e disponibilidade, entre em contato através do site (www.premiumtraducoes.com.br) ou envie um e-mail para rafael.lanzetti@gmail.com

Grande abraço,
Rafael Lanzetti

Saturday, April 24, 2010

Review do Apple iPad

Olá, pessoal,

a pedidos, fiz um review em português do Apple iPad em duas partes:

PARTE 1


PARTE 2


Qualquer dúvida, entrem em contato!

Um abraço,
Lanzetti

P.S.: Peço desculpas pelo áudio de má qualidade, vai ser preciso usar fones de ouvido para assistir aos vídeos.

Saturday, April 17, 2010

Podcast Polipoiesis

 

Olá, pessoal,

em breve, uma grande novidade para os leitores do blog Polipoiesis – nosso novo Podcast.

Apresentado por mim e pelo amigo José Carlos Souza Jr., o podcast tem por objetivo levantar questões relevantes sobre assuntos de interesse público, como tecnologia, política e educação.

Aguardem!

Grande abraço,

Lanzetti

 

Sunday, April 11, 2010

Palco MP3

 

Uma passada para divulgar meu Palco MP3.

 

Música instrumental – sax soprano, sax alto, sax tenor, clarineta, piano.

 

Em breve, mais músicas!

 

Abraço,

Lanzetti

Tuesday, January 19, 2010

3D pra quê?

 

Sou um dos 100 milhões de pessoas (é, concordância estranha, mas correta) que já assistiram a um filme 3D. No meu caso, Avatar, pelos idos de dezembro de 2009.

Assisti ao filme enquanto tinha uma crise de dores causada por cálculos biliares, mas vou fazer o possível para tecer comentários livres do trauma somático.

Ao adentrar o pórtico das salas, a primeira preocupação do marinheiro de primeira viagem 3D já havia emergido – como se faz para usar os óculos de sol do século 22 3D se você já foi abençoado com o dom da miopia e não pode usar lentes de contato? E a preocupação esvaiu-se rapidamente, parece que o designer/engenheiro que idealizou o equipamento felizmente usava óculos, pois vão perfeitamente por cima dos nossos e ouso até dizer que ficaram confortáveis.

Depois de um warm-up de algumas propagandas de filmes em 3D, começa o LM simultaneamente às reclamações de vizinhos de cadeira de dores de cabeça, tonturas, náusea e felizmente nenhum vômito.

Confesso que tive um pouco de dor de cabeça (ignoradas todas as demais dores biliares e pancreáticas) no começo e fui-me acostumando com o passar do filme. Em algumas pessoas, no entanto, os sintomas podem ser mais graves, chegando mesmo a impossibilitar que o espectador continue a assistir ao filme (sabe aqueles frescos que não conseguem ler em ônibus? Pois é…).

O cérebro do espectador de um filme em 3D não entende o que está acontecendo nos primeiros minutos de filme – aquilo é tudo muito novo. Mas, como os animais mais adaptáveis da natureza, vamos nos acostumando à visão forçadamente em terceira dimensão. Digo forçadamente, pois é uma reprodução completamente artificial, e enganam-se os que acham que as imagens são mesmo em 3D. A reprodução do filme é, como não podia deixar de ser, em duas dimensões. Se alguém assiste a uma projeção em “3D” sem os óculos especiais, só vê imagens borradas, desfocadas. Os óculos “enganam” o cérebro, fazendo com que o ponto de foco de um olho se aproxime anormalmente do outro, o que dá o “efeito 3D”. O fenômeno é mais ou menos aquele de quando tentamos, naqueles livros de ilustrações de ilusão de óptica, ver mensagens escondidas, figuras camufladas. O filme em 3D engana o cérebro.

Uma coisa que me irritou muito durante o filme foram as legendas – elas ficam a 2 metros de mim, flutuando sobre o background! Por quê? Eu me recuso a acreditar que não haja recursos técnicos para deixar a legenda no mesmo plano do fundo! Legendas flutuantes são irritantes…

O filme é indubitavelmente bem produzido, a estória é razoavelmente inteligente, as alusões religiosas e morais (apesar de descaradamente misturadas) são interessantes, os efeitos especiais revolucionarão a maneira com que se faz filme de ficção, mas uma coisa me faz repugnar a projeção em 3D mais que qualquer outra – o fim da liberdade de visão do espectador.

Explico: até agora, com reproduções em 2D, o espectador, bem ou mal, tinha “escolha” – podia olhar para onde quisesse. Particularmente, adoro olhar para os cantos das telas. Me divirto vendo erros de continuismo, por exemplo, ou de produção, às margens das cenas, achando relógio de pulso num figurante de Gladiador, vendo um avião passar no canto superior esquerdo de uma cena de Troia, vendo a mão refletida de um cameraman em Superman, entre muitos outros.

Claro, o diretor bidimensional ainda possui recursos para limitar nossa mirada através de recursos de direcionamento de foco, cortes, closeups etc., mas a rigor o espectador de um filme em 2D olha para onde quer.

Com o filme em 3D, essa liberdade acabou – por uma questão fisiológica. Eu tentei olhar para os cantos, juro que tentei reparar nos pés dos Na’Vi, nas plantas no fundo, na textura da água, entre muitos outros, mas não dá… Se você não acredita, pague seus R$ 50,00 e tente olhar para os cantos, tente não olhar para o rosto dos personagens durante o filme. Ao final, tente contar seus dedos da mão. Se vir 7 ou 8, o “efeito-prisão 3D” já deve ter se inoculado. No 3D, o espectador olha para onde o diretor quer que se olhe. Sem escolha, sem choro. É uma nova maneira de se assistir a LMs. O tempo e principalmente os milhões em marketing decidirão se a moda pega ou não.

Não me imagino (ainda) jogando video-game em 3D ou assistindo a filmes 3D em casa, creio que o efeito fisiológico numa tela mais próxima seja ainda mais devastador, com a movimentação frenética em jogos de ação então… prefiro não imaginar.

Enfim, onde jaz a necessidade de se assistir a projeções em 3D? Que efeitos fisiológicos isso pode causar a longo prazo? Como avaliar plenamente a fotografia de um filme em 3D se eu não posso olhar para onde quero?

3D pra quê?

Abraços,

Lanzetti